Cuidados Paliativos: “colocando os pingos nos is”

30 nov 2020 | Geriatria | 0 Comentários

Você sabe o que significa cuidados paliativos?

Cuidados paliativos é uma área do conhecimento médico que apresenta muitas controversas e idéia equivocadas, sendo interpretada por muitos profissionais como o mesmo que “não há nada mais a fazer”. Estas concepções equivocadas estão, também, presentes entre os pacientes e familiares.

Quando entendemos que a “cura” não é possível e o nosso objetivo é obter a melhor qualidade de vida e funcionalidade, pelo maior tempo possível, então concluímos que, nestas circunstâncias, nós estamos “paliando”.

No século passado, Dame Cicely Saunders deu início a um movimento que fundou a nova visão dos cuidados paliativos, assim caracterizados pela organização Mundial de Saúde(OMS) : “ abordagem que melhora a qualidade de vida dos pacientes e dos familiares que enfrentam problemas associados a doenças que ameaçam a vida. Objetiva-se prevenir e aliviar o sofrimento por meio da identificação precoce e do manejo exemplar da dor e de outros problemas, sejam eles de ordem física, psicossocial ou espiritual”.

A boa prática dos cuidados paliativos norteia-se por valores muito bem definidos:

  • Afirmar a vida e considerar o morrer um processo normal;
  • Promover o alívio da dor e de outros sintomas desconfortáveis;
  • Ter em mente que o objetivo essencial não é acelerar o processo de morrer, tampouco postergá-lo;
  • Agregar os aspectos psicossociais e espirituais do cuidado do paciente;
  • Oferecer um sistema de apoio que auxilie o paciente a viver de forma mais ativa possível até a sua morte;
  • Auxiliar a família a lidar com o processo da doença e do luto;
  • Ter como foco essencial a qualidade de vida, a qual influencia positivamente o curso da doença;
  • Levar em conta que os cuidados paliativos podem ser aplicados em fases precoces da doença, simultaneamente a terapias que visem ao prolongamento do tempo de vida.

Os cuidados paliativos podem ser oferecidos em níveis de complexidade diferentes, de acordo com as necessidades do paciente e da família, da capacitação da equipe de saúde envolvida no cuidado e da disponibilidade de equipes especializadas.

Assim como cada paciente e cada família são únicos, devendo ser tratados como tal, as condutas em cuidados paliativos tem de ser pautadas pelo bom senso e pela individualização das abordagens.

Referência Bibliográfica : Coradazzi, A. L.;Santana, M. T. E. A.; Caponero,R. Cuidados Paliativos: Diretrizes para as Melhores Práticas. MG Editores: São Paulo, 2019.

 

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